
S. João da Madeira volta a transformar-se num palco vivo para a celebração da dança.
Na 6ª edição d’A cidade dança o festival celebra o Dia Mundial da Dança com um programa que decorre ao longo de 6 dias. De 29 de abril a 04 de maio, o evento convoca o público de S. João da Madeira a marcar encontro com a dança, em múltiplos cenários, das salas de espetáculo aos espaços públicos e fábricas da cidade.
Em 2025, a programação inclui espetáculos de coreógrafos consagrados e talentos emergentes da dança, guardando um lugar central para a comunidade, associações e escolas de dança do concelho, propõe conversas com os artistas, uma masterclass e a exibição de um filme.
O festival pretende colocar a dança como peça central da vida de S. João da Madeira e dos sanjoanenses, promovendo mais uma vez um ambiente de partilha e reflexão entre artistas e público, o contacto com propostas de várias sensibilidades e estéticas, criando uma experiência coletiva de fruição artística com impacto na vida cultural da cidade. Nas palavras de São Casto, curadora d’A CIDADE DANÇA, Queremos que o festival continue a ser um espaço de encontro, onde cada proposta artística desafia o olhar e abre novas possibilidades de relação com o corpo e a cidade.
dança nas fábricas
29 de abril
Com uma programação que continua a ir ao encontro do público, em 2025 continuará a
haver Dança nas Fábricas, no âmbito deste festival. Em parceria com o Turismo Industrial de S. João da Madeira, serão criados vários momentos de dança em diversas fábricas e outras entidades ligadas à indústria sanjoanenses, criando uma aproximação da comunidade à dança e à poesia do corpo em movimento.
> parceria: Turismo Industrial de S. João da Madeira
> com: Ginasiano Escola de Dança
> locais: Belcinto . Bulhosas . Cartonagem Trindade . CEI - Equipamentos Industriais . CFPIC -
Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado . CTCP - Centro Tecnológico do Calçado
de Portugal
dança pela cidade
01 de maio › quinta-feira . 15h00 › Praça 25 de Abril
> Escolas e entidades participantes: Amigos das Danças, Danças Latinas CCD
Coreodance Escola de Dança, Movimentarte CCDR Fdv
02 de maio › sexta-feira . 18h30 › Capela de Santo António
> Escolas e entidades participantes: Academia de Bailado Liliana Leite, Be Dance Escola de Dança,
Clube A4, Ginasiano Escola de Dança
04 de maio › domingo . 15h00 › Parque de Nª Sª dos Milagres
> Escolas e entidades participantes: Hip Hop CCD, CDN - Conservatório de Dança do Norte
Ecos Urbanos, Turning Point Escola de Dança
Durante o festival, o espaço público será também espaço de fruição artística.
Ao longo do festival, vários espaços urbanos irão acolher a Dança pela Cidade com
apresentações gratuitas, em que o público é convidado a participar na vida artística e
cultural da cidade, frequentando locais que agora assumem uma outra dimensão
incomum, a de espaço público de espetáculos.


extraordinário, desagradável
dE Joana Providência e Daniela Cruz
projeto artístico com a comunidade local
30 de abril › quarta-feira . 21h30 › Centro de Arte Oliva
Na sua 6ª edição, o festival convoca a comunidade para uma criação artística original com direção de Joana Providência e Daniela Cruz. Ao longo de um mês, os participantes trabalharão em grande proximidade com as coreógrafas para juntos, darem corpo e alma a um dos projetos que estará no coração deste festival
Esta criação levanta questões como: Qual é a importância de assistir a um espetáculo, ler um livro ou ver um filme? Que alimento é este que nos faz sonhar, que nos diverte, que nos faz descobrir mundos, pensar e refletir?
Trazemos estas histórias e memórias connosco e percebemos como somos “tão diferentes, tão iguais.”
Estas e outras histórias serão a matéria de partilha na construção de um objeto artístico coletivo, onde serão encontradas respostas para algumas das perguntas e outras ficarão por responder.
> conversa com artistas e participantes no final do espetáculo
> espetáculo com audiodescrição

Direção artística . Daniela Cruz, Joana Providência
Intérpretes co-criadores . Carlos Marcelo, Diogo Rodrigues, Fátima Alves, Giselda Silva, Inês Silva, Leonor Quintas, Mariana Gestosa, Neiva Bastos, Rita Ferreira, Safira Mateus
dialogue series
dE miguel esteves e miguel ramalho
01 de maio › quinta-feira . 18h00 › Paços da Cultura
Alternativa à 5inta
O encontro de dois indivíduos.
Discutem quem são.
A sua linguagem prospera.
Ganham o que fica do tempo perdido.
A viagem do corpo e da mente confinada a este espaço.
O diálogo é a base de qualquer colaboração.
Dialogue Series fala sobre uma série de diálogos e reflexões de dois indivíduos dentro de um espaço e tempo específicos. Estes dois seres, intervenientes na obra, aparecem como sendo a mesma pessoa. Porém, encontram-se no exato momento em que um morre e o outro nasce. Com alusão breve ao tema da reencarnação, seguimos os traços da existência passada de um e do futuro vindouro de outro, como num ritual de passagem. Contemplamos este tempo e espaço como o único momento de encontro de dois seres que são o mesmo em vidas diferentes. Os ensinamentos, as dúvidas, as crenças e descrenças do que já foi vivido e do que ainda não se ousou viver.
Uma criação marcada por uma força teatral muito sublinhada, uma densidade de movimento muito vincada e por uma dinâmica de acontecimentos muito apelativa.
> conversa com os artistas no final do espetáculo
> espetáculo com audiodescrição

FICHA TÉCNICA
Criação e Interpretação . Miguel Esteves e Miguel Ramalho
Música . Max Richter, Hildür Guonadóttir, Marc Crofts, Zöe Keating, .Kangding Ray
Sonoplastia . Gonçalo Andrade . Miguel Ramalho
Texto e Voz . Miguel Ramalho
Figurinos . Miguel Esteves e Miguel Ramalho
Desenho de Luz . Miguel Ramalho
Agradecimentos . Festival Entrelaçados . Companhia Nacional de Bailado . Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo
muda
dE Clara andermatt & inac
02 de maio › sexta-feira . 21h30 › Casa da Criatividade
MUDA é uma reflexão sobre a natureza multifacetada da condição humana, e explora o trabalho performativo em correlação com a estética do cinema-mudo.
O humor entrelaça-se com a tragédia, a fantasia com a realidade, e a violência com o amor. A muda extensão das coisas revela um mundo complexo que nos desafia, como equilibristas no fio da navalha, a transcender os paradoxos da humanidade e
a encontrar o ponto de convergência que nos leva à descoberta da beleza.
Nesta produção, a Companhia Clara Andermatt e o INAC investem numa parceria
que cruza metodologias e linguagens do circo contemporâneo e da dança a partir do corpo acrobático e das suas técnicas. Uma criação marcada por uma força teatral muito sublinhada, uma densidade de movimento muito vincada e por uma dinâmica de acontecimentos muito apelativa.
> espetáculo com audiodescrição

FICHA TÉCNICA
Direção artística e concepção . Clara Andermatt
Assistente de direção artística . Félix Lozano
Assistência artística e trabalho acrobático . Bruno Machado
Intérpretes . Atte Rimpelä, Carlos Pinto, Charlotte Zeidler, Lorenzo Rossi, Paola Caruso
Apoio técnico acrobático . Duvan Jimenez, Maurício Jara
Seleção musical e sonoplastia . Luís Pedro Madeira, Clara Andermatt
Seleção musical e sonoplastia . Luís Pedro Madeira . Clara Andermatt
Apoio Musical . André Borges
Figurinos . Dona Castro
Cenografia . André Santos
Desenho de luz . Valter Alves
Desenho e operação de som . Fábio Fernandes
Operação de luz e coordenação técnica . Carlos Vieira
Assistência técnica . André Freitas, Hugo Zanardi
Produção executiva . ACCA » Helena Menino, Miguel Pereira, Nuno Ricou, INAC » Andrew Ossada, Luís de Oliveira, Maria Telheiro
Contabilidade . Fernanda Moura
Identidade gráfica . Ashleigh Georgiou
Assessoria de imprensa . Daniela Pinto
Parcerias de comunicação . Antena 2, Coffeepaste
Espaço de residência de criação . Musibéria
Produção . ACCcA - Companhia Clara Andermatt,
INAC - Instituto Nacional de Artes do Circo
Coprodutores . Teatro Aveirense, Casa das Artes de Famalicão, Festival Imaginarius, Circ’Bô, Junta de Freguesia de Arcozelo
Apoio institucional . República Portuguesa Cultura, Direção Geral das Artes
Agradecimentos . Ivo Canelas, José António Tenente, Juliana Moura, Mickaela Dantas, Vítor Rua
masterclass com miguel ramalho
03 de maio › sábado . 10h00 - 12h30 › Torre da Oliva
Miguel Ramalho iniciou a sua formação na Escola de Dança do Conservatório Nacional, onde, ao fim de 8 anos, concluiu o seu curso, trabalhando com vários professores, mestres e coreógrafos. Ingressou na Companhia Portuguesa de Bailado e mais tarde na Companhia Nacional de Bailado, onde ainda permanece e onde dançou todo o repertório da companhia, clássico e contemporâneo, destacando nomes como Armando Jorge, Fernando Duarte, Georges Garcia, Hans van Manen, Edward Clug, Anna Teresa de Keersmaeker, Ohad Naharin, Akram Khan, Sasha Waltz, William Forsythe, Victor Hugo Pontes, Marco da Silva Ferreira, Olga Roriz, São Castro & António Cabrita, Sidi Larbi Cherkaoui, entre outros.
Em 2012 recebe o prémio de bailarino do ano em Portugal pelo jornal Expresso. Em 2019 recebe a Medalha de Honra e Mérito da Cidade onde nasceu, Barreiro, pelo reconhecimento do seu trabalho artístico em território nacional e internacional. Em 2020 torna-se Primeiro Bailarino da Companhia Nacional de Bailado, sendo o primeiro artista a consegui-lo com um percurso maioritariamente contemporâneo.
Já coreografou para a Companhia Nacional de Bailado, Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, Projeto Quorum, Companhia de Dança de Évora e Compagnie Illicite Bayonne. Já foi convidado para apresentar o seu trabalho numa das galas mais prestigiadas da Europa, em Liége, e é frequentemente Guest Artist em várias galas nacionais e internacionais.
> público-alvo: profissionais de dança, estudantes e pessoas com experiência em dança com idade a partir dos 15 anos
> lotação: 30 pax
> desconto de 50% no valor de inscrição das pessoas que integrem as entidades
envolvidas no festival. Para usufruir basta enviar email para projetos@playfalse.pt
com identificação do nome e entidade a que pertence.
Vagas disponíveis mediante lotação.

M15 . 150 min
Inscrição de entidades que integram o festival para
super natural
um filme de jorge jácome
coprodução entre a DANÇANDO COM A DIFERENÇA e TEATRO PRAGA
03 de maio › sábado . 15h00 › Paços da Cultura
Cine S. João
SUPER NATURAL é um filme performativo que fala e escuta, que interfere e procura
quem está à sua frente. A sua vontade é a de sair da tela para ver e escutar quem o olha, mas também para ser cheirado e visto para lá do que se vê. Nisto é como a voz ou a razão, a estética ou a culinária humana, ou seja, é um modo de sair da prisão das contingências “naturais” focando a sua atenção na atividade da própria experiência.
Há duas formas de lidar com o “natural”: recusá-lo ou expandi-lo. SUPER NATURAL
expande, claro, porque quer ocupar para depois superar e hiperbolizar. Nessa expansão, o natural não existe mais, perde a sua definição ocupando o lugar da imagem mutante de que se faz o mundo.
SUPER NATURAL é a saída do corpo, de todos os corpos, sobretudo do próprio. É como um superpoder e neste movimento, concentrase na imagem, uma existência sensível com a qual se pretende falar. É por isso que este filme performativo interpela e ambiciona ativar um efeito, um relaxamento hipotético, uma experiência sensorial para quem está fora da tela como se nela estivesse.
> conversa com Henrique Amoedo, diretor artístico da Cia. Dançando com a Diferença no
final da sessão
> parceria: Cine S. João

FICHA TÉCNICA
Realização e edição . Jorge Jácome
Guião . André E. Teodósio . Jorge Jácome . José Maria Vieira Mendes
Intérpretes . Alexis Fernandes . Bárbara Matos . Bernardo Graça . Celestine Ngantonga Ndzana . Diogo Freitas . Isabel Gomes Teixeira . Joana Caetano . Maria João Pereira . Mariana Tembe . Milton Branco . Pedro Alexandre Silva . Rui João Costa . Sara Rebolo . Sofia Marote . Telmo Ferreira
Direção de arte . André E. Teodósio
Fotografia . Marta Simões
Correção de cor . Andreia Bertini
Som . Shugo Tekina
Sonoplastia . António Porém Pires
Música - Raw Forest . Violet
Design . The Royal Studio
Produção . Ukbar Filmes
Coprodução . Teatro Praga . Dançando Com a Diferença
2022 . Documentário / Fantasia . PT
sublinhar
de Marta Cerqueira
04 de maio › domingo . 11h00 › Casa da Criatividade
Para se escrever a palavra SubLinhar é preciso um ponto e traçar linhas com a mão. Para se falar a palavra SubLinhar é preciso que um conjunto de sons saiam da nossa boca.
Mas há quem seja de poucas palavras... E o que é que acontece quando ficamos sem palavras?
Se retirarmos Linha à palavra Sub(Linha)r podemos usá-la para desenhar no espaço, insinuar formas, texturas, acentuar movimentos, definir direções ou percursos que nos levam a mudar de lugar, fazer perguntas ao mundo e crescer.
Nessas trajetórias o corpo “também fala”, repleto de ossos, tendões e músculos
experiência o aqui e o agora.
> espetáculo para famílias e crianças a partir dos 6 anos

FICHA TÉCNICA
Criação e interpretação . Marta Cerqueira
Cocriação . Inês Campos
Objetos . João Calixto
Luz . Cárin Geada
Música . Simão Costa
Figurino . Benedetta Maxia
Apoio administrativo . MãoSimMão - Associação Cultural
Coprodução . LU.CA Teatro Luís de Camões, Materiais Diversos, Teatro Municipal do Porto/ Festival DDD - Dias da Dança
Residências artísticas e espaço de ensaio . Estúdios Vítor Córdon / Em Trânsito, Teatro Maria Matos, Centro Cultural do Cartaxo, SMUP, Teatro da Voz / Eira e Pró-Dança
Agradecimentos . Ricardo Tabosa . Tiago Cerqueira
O festival A Cidade Dança é uma iniciativa promovida pelo Município de S. João da Madeira em parceria com a Play False - Associação Cultural, e que conta com a curadoria de São Castro. A edição de 2025 conta com financiamento da RTCP / Direção-Geral das Artes, no âmbito do apoio à Programação da Casa da Criaatividade para o quadriénio 2024 - 2027.