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A cidade dança decorre entre 12 e 16 de junho, mantendo o seu compromisso com uma celebração da Dança, através do encontro e da partilha entre artistas e público, tendo como cenário a cidade de S. João da Madeira.

Com curadoria de São Castro, a programação reflete o protagonismo dado a esta prática artística, promovendo e estabelecendo ligações de conhecimento e reflexão entre artistas e público,  fomentando a construção de um espaço de experiências significativas, individual e coletivamente. O evento apresenta uma diversidade de propostas artísticas e locais de apresentação, que estimulam um novo olhar sobre a cidade, incentivando à participação e intervenção na evolução cultural e artística da cidade.

A programação do festival combina espetáculos de coreógrafos consagrados e talentos emergentes integrando, como habitualmente, as escolas de dança do concelho. Há ainda lugar para momentos de conversa com os artistas e uma masterclass. 

A comunidade mantém-se no coração do festival, evidenciado pela iniciativa Dança nas Fábricas, em parceria com o Turismo Industrial, da rubrica Dança pela Cidade, que transforma as praças e jardins da cidade em espaços de fruição artística, com a cumplicidade das escolas de Dança de S. João da Madeira e, nesta edição, com um projeto com a comunidade local, uma criação original e exclusiva da coreógrafa Aldara Bizarro.

A programação pretende que a poesia do corpo em movimento seja o motor para a construção de ambientes propícios a uma interação dinâmica com o público e a comunidade, estimulando o seu interesse a longo prazo e aprofundando o seu envolvimento nas práticas culturais e artísticas.

PROGRAMAÇÃO

dança nas fábricas

12 de junho › quarta-feira

Com uma programação que continua a ir ao encontro do público, o eixo "Dança nas Fábricas" realiza-se em parceria com o Turismo Industrial de S. João da Madeira e tem a participação do Ginasiano Escola de Dança. Nele serão criados vários momentos de dança em diversas fábricas da cidade e outras entidades ligadas à indústria sanjoanense, numa aproximação da comunidade à dança e à poesia do corpo em movimento.

Com: Ginasiano Escola de Dança

Entidades: Belcinto, Cartonagem Trindade, CEI Solutions, CFPIC - Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado, CTCP - Centro Tecnológico do Calçado de Portugal  

Parceria: Turismo Industrial de S. João da Madeira 

dança pela cidade

12 de junho › quarta-feira . 18h45 . Capela de Stº António 

      Be Dance Escola de Dança . Clube A4 . Coreodance Escola de Dança  

13 de junho › quinta-feira . 18h30 . Praça 25 de Abril 

      CCDR Fdv Danças Latinas . Hip Hop CCD . Movimentarte

Durante "A Cidade Dança" o espaço público será também espaço de fruição artística. Ao longo do festival, várias praças e jardins irão acolher este eixo com apresentações gratuitas, em que o público é convidado a participar na vida artística e cultural da cidade, frequentando estes espaços que agora assumem uma outra dimensão incomum, a de espaço público de espetáculos.

caem calhaus do céu, DE JOÃO OLIVEIRA 

13 de junho › quinta-feira . 21h30 * Paços da Cultura

Alternativa à 5inta 

Esta peça é uma dança introspetiva em que se reflete o conceito de individualidade, identidade, e a sua respetiva criação em relação com o tempo. Retiro-me desta pilha de terra e de pedras enormes, desenterro a minha mão, seguido do meu braço, da minha perna, até ser corpo inteiro de fora. Olho-me ao espelho, e procuro a transparência, mas há muita poeira, arranhões, e vestígios de pedrinhas. Estou cheio de estratos, de camadas. Questiono-me sobre a minha pessoa, sobre o que era antes, e sobre o que sou depois. Eis a resposta: partilhada em direto via corpo, via palavra, num espaço seguro onde predomina a partilha, e uma boa chávena de chá.

Este espetáculo dispõe de folha de sala em braille.

A peça de João Oliveira apresenta-se em parceria com o projeto Palcos Instáveis/Segunda Casa.

A Instável – Centro Coreográfico constitui um espaço vivo e informal, por onde passam múltiplos criadores e intérpretes, numa lógica de incubadora. Fundada em 1999, dedica-se às áreas da criação artística, formação, difusão e apoio a criadores, pesquisa e desenvolvimento de públicos. Segunda Casa é o seu programa de difusão de um conjunto de obras coreográficas, desenvolvidas e apresentadas inicialmente no âmbito do ciclo Palcos Instáveis/1as Obras, em parceria com o Teatro Municipal do Porto. Tem por objetivo contribuir para a valorização, visibilidade e reconhecimento de criadores e incentivar a programação descentralizada de dança contemporânea.

Criação e performance . João Oliveira | Composição musical . Carolina Elvira | Desenho de luz e operação . Afonso Lemos | Olhar externo . Mafalda Deville | Coprodução: Instável – Centro Coreográfico e Teatro Municipal do Porto | Apoios . Performact; Visões Úteis, Instável – Centro Coreográfico, Teatro Aveirense, Teatro Municipal do Porto

M6 . 40 min

Bilhetes

Conversa com JOÃO OLIVEIRA

13 de junho › quinta-feira . 22h15 * Paços da Cultura

Alternativa à 5inta 

No final do espetáculo "Caem Calhaus do Céu" propriciar-se-à um momento de conversa, em formato mais íntimo, entre o público presente e o coreógrafo, o sanjoanense João Oliveira.   

M6 . 30 min

dança pela cidade

14 de junho › sexta-feira . 18h30 * Capela de Stº António 

      Academia de Bailado Liliana Leite . CDN - Conservatório de Dança do Norte . Escola de Dança Turning

      Point . Ginasiano Escola de Dança

Durante "A Cidade Dança" o espaço público será também espaço de fruição artística. Ao longo do festival, várias praças e jardins irão acolher este eixo com apresentações gratuitas, em que o público é convidado a participar na vida artística e cultural da cidade, frequentando estes espaços que agora assumem uma outra dimensão incomum, a de espaço público de espetáculos.

Os três irmãos, DE victor hugo pontes 

14 de junho › sexta-feira . 21h30 * Casa da Criatividade

Victor Hugo Pontes coloca em cena três bailarinos imaginados pelo escritor Gonçalo M. Tavares para esta nova criação. Abelard, Adler e Hadrian são “Os Três Irmãos”: quando se encontram naquele não-lugar, procuram o rasto dos seus pais, marcam a giz a sua ausência, lavam-se, comem juntos à mesa, carregam os corpos uns dos outros em sacrifício ritualizado, carregam-se aos ombros, vivem em fuga, praticam o jogo perigoso do encontro com o passado. Abelard, Adler e Hadrian tentam fazer a sua ligação à terra e sobreviver à existência uns dos outros, mesmo se esta houver sido esburacada a berbequim, enrodilhada numa trouxa de roupa, transportada num carrinho de mão.


Este espetáculo dispõe de folha de sala em braille e serviço de audiodescrição.

Direção artística . Victor Hugo Pontes | Texto original . Gonçalo M. Tavares | Interpretação . Dinis Duarte, Paulo Mota e Valter Fernandes | Música original . Joana Gama e Luís Fernandes | Cenografia . F. Ribeiro | Desenho de luz e direção técnica . Wilma Moutinho | Desenho e operação de som . João Monteiro | Operação de luz . Cláudia Valente | Figurinos . Cristina Cunha e Victor Hugo Pontes | Consultoria artística . Madalena Alfaia | Direção de Produção . Joana Ventura | Produção executiva . Mariana Lourenço | Apoio à residência . O Espaço do Tempo, Circolando, Instável - Centro Coreográfico e Centro Cultural Vila Flor | Coprodução . Nome Próprio, Casa das Artes de VN Famalicão, Cineteatro Louletano, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto, Teatro Viriato

M12 . 90 min

Bilhetes

masterclass com victor hugo pontes

15 de junho › sábado . 10h30 - 12h30 * Torre da Oliva 

Uma oportunidade para experienciar a linguagem singular e o método criativo de Victor Hugo Pontes, onde serão propostos exercícios que despertem e ativem o corpo físico e sensorial, instiguem à construção de material coreográfico a partir de diferentes estímulos e desafiem à improvisação a solo ou em grupo. Este contacto direto com o coreógrafo permitirá uma aproximação aos seus processos criativos, oferecendo novas ferramentas e diferentes perspetivas sobre o seu universo criativo.

Vitor Hugo Pontes nasceu em Guimarães, em 1978. É licenciado em Artes Plásticas – Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Em 2001, frequentou a Norwich School of Art & Design, Inglaterra. Concluiu os cursos profissionais de Teatro do Balleteatro Escola Profissional e do Teatro Universitário do Porto, bem como o curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Fórum Dança. Em 2004, fez o curso de Encenação de Teatro na Fundação Calouste Gulbenkian, dirigido pela companhia inglesa Third Angel, e, em 2006, o curso do Projet Thierry Salmon – La Nouvelle École des Maîtres, dirigido por Pippo Delbono, na Bélgica e em Itália.

Como intérprete, trabalhou com diversos encenadores e coreógrafos entre os quais se encontram Nuno Carinhas, Lygia Pape, Isabel Barros, Clara Andermatt, Charlie Degotte, David Lescot e Joana Craveiro.

Em 2013 foi nomeado com o espetáculo “A Ballet Story” para os Prémios SPA na categoria de Dança – Melhor Coreografia, e em 2019 venceu o Prémio SPA na mesma categoria com o espectáculo “MARGEM”.

Público: pessoas com experiência em dança, com idade a partir dos 14 anos

Lotação: 30 pax 
Inscrições para projetos@playfalse.pt

Bilhetes

QUANDO A DANÇA FALA DA CIDADE, de aldara bizarro

15 de junho › sábado . 21h30 * Oliva Creative Factory

Era a primeira vez que vinha a S. João da Madeira e esperava os participantes para começar o ensaio a olhar pela janela da Torre da Oliva. Pouco depois, aproxima-se o José António que me diz. Vê os telhados até lá ao fundo? Isto era tudo a fábrica da Oliva, vê aquele edifício, ali à direita? Era onde se faziam as máquinas de costura... isto à hora do almoço e à hora de saída da fábrica, eram tantos trabalhadores que mais pareciam formigas. E via-se no ar um pó castanho, de ferro, que era o que se trabalhava na fábrica, Se olhar bem para os passeios - amanhã faça isso -  repare que ainda hoje se vê que são castanhos

Afasto-me um pouco para olhar para as pessoas que vão entrando na sala e volto a aproximar-me da janela e lá está o António a contar … a fábrica ocupa esta zona toda da cidade, vai desde a chapelaria - já foi ao museu? - até à Arrifana. E continua este diálogo por diante, sem parar, em que eu pouco dizia, à excepção de alguns hum hums, que punha por vezes nas pausas da sua respiração.

Pouco mais tarde, movidos pela curiosidade, vão se juntando outros participantes que comentam o que estamos a observar e, por magia, o perímetro da nossa observação alarga-se para outras zonas da cidade.

Eu não vejo isto, mas vejo o casarão onde brincava quando era pequena que agora está abandonado, diz a Neiva, Eu vejo, a praia e vejo pessoas a conversar onde antes via crianças a brincar, diz a Mariana, Eu vejo a estrada e o barulho dos carros a passar e vejo que acordo todos os dias às 6 da manhã., diz a Safira. E diz outra vez o José António: a propósito de carros, agora não se vê daqui, mas ali atrás era a Estrada Nacional nº 1, onde estavam sempre carros a passar,  e é nesse momento que percebo que a peça que vamos criar juntos vai falar da cidade.

"Quando a dança fala da cidade" é um projeto de dança participativa, para várias idades, cujos intérpretes procuram reinventar com o corpo a cidade onde vivem. Entre o passado e o presente, entre recuos e avanços, tecem uma paisagem em movimento que projecta desejos e realidade.


Este espetáculo dispõe de folha de sala em braille e serviço de audiodescrição.

Sobre Aldara Bizarro

Aldara Bizarro (Maputo 1965). Estudou dança em Luanda, Lisboa, Nova Iorque e Berlim. Gosta de evidenciar os períodos em que estudou no Merce Cunningham Studio, no Movement Research (NYC), e no Tanzfabrik (B), como sendo das fases mais ricas da sua formação.
Começou a coreografar em 1990 com “Me myself and Influências”, peça premiada no IV Workshop Coreográfico da CDL desde então assina as suas peças que são apresentadas em todo o país. Fez parte do grupo da Nova Dança Portuguesa representado na Europália 91. Foi pioneira em Portugal na criação de dança para jovens e no envolvimento dos mesmos nas obras, através da criação do “Projeto Respira” em 2007. A sua peça “A Nova Bailarina”, foi distinguida pelo jornal Publico como uma das melhores peças de 2011. Como formadora trabalhou no Forum Dança, Escola Superior de Dança, CCB, F.C. Gulbenkian, CCVF/A Oficina, Artenrede, e muitos outros. Foi diretora artística de Jangada, uma estrutura de dança financiada pela DGArtes, durante 16 anos. Atualmente desenvolve projetos para jovens e para a comunidade, cruzando a dança com outras artes, com enfoque na componente artística, social e pedagógica

Conceção e direção . Aldara Bizarro | Assistência ao projeto . Mariana Gestosa |  Interpretação e cocriação . Ana Sofia Oliveira, Giselda Silva, Joana Ferreira, José António Pinho, Maria de Fátima Alves, Maria Leonor Machado, Mariana Gestosa, Mariana Rita, Matilde Soares, Neiva Santos, Safira Marques | Apoio à cenografia . Cartonagem Trindade e Turismo Industrial de S. João da Madeira. 

M6 . 40 min

Bilhetes

Conversa com aldara bizarro

15 de junho › sábado . 22h30 * Sala dos Fornos da Oliva Creative Factory

No final do espetáculo "Quando a Dança fala da Cidade" propriciar-se-à um momento de conversa, em formato mais íntimo, entre o público presente, os intérpretes e a coreógrafa, Aldara Bizarro.   

M6 . 30 min

oceano, de ainhoa vidal 

16 de junho › domingo . 10h00 e 11h30  *  Casa da Criatividade   

sessão das 10h00 . crianças dos 6 meses aos 3 anos

sessão das 11h30 . crianças dos 3 aos 6 anos 

Este é um espetáculo onírico, belo e artesão, dirigido ao público mais novo, onde a poesia do fundo do mar é a matéria experiencial. Trata-se de uma peça à qual o público chega como se fosse à praia. Entram na sala de espetáculos e encontram uma praia com o mar à sua frente. Uma banhista leva-os numa viagem onde tubarões, baleias, peixes das mais distintas espécies, algas e medusas permitem às crianças mergulharem numa viagem de descoberta pelas profundidades do nosso planeta.

A cenografia foi desenvolvida ao longo de sete meses, em encontros nos centros de dia, por mulheres da comunidade sénior. Feita de crochê e tricô, nesta cenografia encontramos corais, pedras, caranguejos, amebas, algas, e demais espécies que se entrelaçam numa partitura cinética e sonora onde os bebés serão convidados a entrar, participar, mexer, sair e voltar a entrar respeitando as suas vontades de ação e/ou observação.

Criação . Ainhoa Vidal | Cenografia . Ainhoa Vidal, Carla Martínez, Utentes Centro de Dia da Sé (Lisboa) | Música . Pedro Gonçalves | Luz . Nuno Salsinha | Produção . Vida Virtuosa | Residência artística . Câmara Municipal da Moita, Centro de Experimentação Artística (Vale da Amoreira), Centro Social da Sé (Lisboa), Centro Comunitário da Vera Cruz (Aveiro) e Centro Paroquial de São Bernardo (Aveiro) | Coprodução: Teatro Municipal São Luiz, Teatro Aveirense

Todos os públicos . 30 min 

Bilhetes

"A Cidade Dança" é uma iniciativa promovida pelo Município de S. João da Madeira em parceria com a Play False - Associação Cultural, com curadoria de São Castro e que, nesta ediação conta com financiamento da Direção-Geral das Artes e apoio mecenático da Cartonagem Trindade. 

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